segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A verdade da mentira e A mentira da verdade


"Mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer"
(Mário Quintana)








Nas palavra
s de Mário Quintana observamos uma relação entre mentira e verdade muito peculiar. Afinal, se a suposta mentira tivesse se lembrado de acontecer seria ela uma verdade. Aliás, ele afirma que a mentira é uma verdade e a única distância que Quintana põe entre mentira e verdade é o acontecimento.



Seria a men
tira ausência pura e simples da verdade?
Mas na verdade, o que é verdade?
É só a mentira que existe, ou, é mentira que não existe a verdade?


Acho que começamos a ficar confusos. Então, dividiremos o assunto tornando-o mais didático, porém, não menos complexo. Porque, embora aconteça a separação temática, sempre ocorrerá uma oposição entre verdade e mentira, não é mesmo?
Vamos lá. Desça sua barra de rolagem e vamos ao primeiro texto "Ops! Mentirinha..." e depois ao segundo: "Verdade?".

Creio que você vai gostar. Verdade! Não, não é mentira... Ah! Mê dê um crédito, vá?





Ops! Mentirinha...





Li uma pesquisa algum tempo atrás que afirmava que o ser humano tinha a capacidade de mentir diariamente pelo menos uma dúzia de vezes (não me lembro muito bem a quantidade, mas sei que não era pouca). Não precisava dizer que era capacidade do ser humano porque não vejo outro animal capaz de mentir que não seja um racional, até porque para que se crie uma mentira impera que o ser tenha intelecto, pois a caraterística principal de uma mentira é fazê-la crer verdade. Não é irônico dizer que uma mentira só é mentira se ela for creditada ou cogitada como verdade?


Somos educados para dizer a verdade, pelo menos pensamos que sim, porém a mentira é sedutora. Capisciosa. Quem nunca mentiu atire a primeira pedra.



A principio achei a matéria exagerada, mas pensando bem... não fazemos conta das pequenas mentiras, as chamadas mentirinhas brancas. Se é que podemos dizer que elas possuem cor ou tamanho: "o café está ótimo!", "seu cabelo ficou lindo", "não, querida, você não está gorda", " eu cheguei atrasado porque...", diga que não estou"... ou: "este dinheiro na cueca? Não faço ideia como veio parar aqui...", " seu juiz , eu sou inocente...", "Mensalão? Não sei, nunca ouvi falar..." Mentira é mentira, tanto faz.


Não fazemos conta das "desculpas" diárias que damos para as pessoas e para nós mesmo numa fuga incessante de assumirmos nossas responsabilidades. Essas desculpas diárias não são contabilizadas como mentira, afinal são "desculpas". Mas, muitas delas, não são baseadas na verdade.


Acredito que existam dois tipos de mentira: aquela que eu gostaria muito que fosse verdade, e, aquela que serve exclusivamente para enganar o outro. No entanto, seja como for, em qualquer tipo de mentira, branca ou preta, pequena ou grande, cabeluda ou careca, pernas curtas ou longas, o primeiro a ser enganado somos nós mesmos.



A mentira vicia. Ela pode propiciar uma fuga sem precedente da vida. Mas não é um caminho sem volta. Podemos experienciar a vida um dia de cada vez e dizer: " Só por hoje eu não menti".





Verdade?




Fio fino e frágil este com que tecemos
verdades: o que é verdade para mim não necessariamente pode ser para outrem. O que acreditamos ser verdade hoje, amanhã pode não ser. Uma mentira bem contada, repetida várias vezes, pode virar uma "verdade".



Num fio da verdade há duas pontas: numa ponta há você e na outra ponta há o outro. E este outro quer ouvir a verdade que você julga ter? Refletir sobre o outro é bem interessante porque antes podemos observar se o que temos a dizer será útil, se vai acrescentar em alguma coisa na vida da outra pessoa, sobretudo se eu tenho o direito de dizer a minha suposta verdade. Porque percebo que em nome da verdade, muita gente é arrogante (afinal, sou dono "dela"), grosseira, como se para dizer algo verdadeiro não coubesse gentileza, educação, amor.


Mas espere! A verdade não deve ser dita em qualquer circunstância? Se eu escolho conscientemente não falar mentirinhas, desculpas que parecem inocentes, se for desfazer um mal entendido, se for desmentir algo que possivelmente eu mesmo alimentei. Sim! A busca consciente da verdade é fundamental. Falo busca consciente porque às vezes da boca para fora exigimos a verdade, mas inconscientemente pedimos: "por favor minta pra mim, minta pra mim..."

Ao dizer “eu odeio mentiras”, pense se não odeias também a tua parte que mente. Ou: “ eu falo a verdade, doa a quem doer”, reflita se a verdade que te dói não ficou calada e aquela que foi jogada no ventilador doerá sabe-se lá Deus em quem...


É improdutivo o uso da verdade como uma arma mortífera, como algo que se possa lançar na cara de outro, como uma torta de filme pastelão, ou como objeto de barganha. Por outro lado, se é inevitável receber a verdade, porque esta aparece mais cedo ou mais tarde, aceite-a, quando nada, trará libertação, mesmo que doa, acredite.


A mais exata oposição entre verdade e mentira é que a verdade liberta enquanto a mentira aprisiona.





domingo, 5 de setembro de 2010

Poema para rimar


Eram palavras caladas.
Foram escolhidas.
Depois de colhidas
entrelaçadas.
Pareciam renda.
Tecidas.
Prontas para serem ditas
de forma simples e lenta.
Entrastes então,
com seu olhar de furacão
jogou todas pelo chão...









Sobre a foto:

"Porque as Palavras Estão em Toda a Parte"


Belo Horizonte MG, 1973 Vive e trabalha em São Paulo A palavra e a imagem é um casamento há muito tempo sedimentado na arte. Na obra de Marilá não é somente a palavra que aparece; a artista traz a carga de todo um discurso para o território da visualidade. Reconstrói com toda a carga da imagem o sentido de um discurso pré-existente. Por vezes, esse deslocamento torna-se a reinvenção do próprio discurso. Marilá Dardot consegue atualizar a sua leitura, trazendo em suas obras outras possibilidades de reconstrução de sentidos aos discursos culturalmente já sedimentados.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Palavra

Quantas vezes já ouvimos dizer que as palavras têm poder? Repetimos sem perceber o que isto significa exatamente. Lembramos disso quando não queremos que algo aconteça. Mas o mesmo não fazemos quando queremos que algo se realize. Se sabemos da força das palavras por que não a usamos adequadamente? Na verdade o poder é nosso e é difícil acreditarmos que seja possível sermos criadores da nossa realidade e que podemos imprimir energia naquilo que queremos atrair. A palavra proferida já traz, de uma certa forma, a energia da coisa realizada se assim desejarmos.

Por outro lado, embora tenhamos o poder, a palavra em si também possui o sua própria energia. Ela absorve desde a sua concepção toda vibração do uso: ecoado o som ela acumula sentido e se materializa na escrita, carregando o contexto histórico, filosófico, antropológico, social, cultural, agentes emocionais e psicológicos. Pensando assim, a palavra tem poder, mas o poder, que na sua história, fomos nós que imprimimos.


Entretanto, às vezes a palavra parece criar vida própria e domina sem cerimônia o seu usuário. E ouvimos comumente: " não sei o que aconteceu... a palavra escapuliu da minha boca..." e lá se vai, depois de saltar do falante sem filtro, a palavra . Sem dó nem piedade ricocheteia pelo ar tal qual folha seca em dia de ventania. E ela escolhe o destino mais nefasto de todos, que é o de bater em cheio em ouvido alheio, levando toda a carga contida de energia acumulada no tempo e no espaço.

Situação sem jeito essa. E não tem como corrigir o estrago. Uma vez lançada ela não saltita retornando para a boca de origem. Não, porque quando isto acontece, seja como for, onde for, ela infla e não podemos mais engoli-la. Mesmo com a ameaça de: "vou fazer você engolir o que disse!", nunca, jamais, em tempo algum, foi visto se realizar tal proeza. É um desconforto sem fim: se você tenta consertar a emenda fica muito pior do que o soneto.


Pensando nas implicações de futuras situações delicadas que o mal uso das palavras (ou a falta de uso) traz, nas saias justas criadas, quando delegamos o nosso poder àquilo que deveria ser instrumento sagrado para expressão da nossa alma: não se desanime, todo mundo já passou por isso, então:

Desculpe-se. É o jeito. Policie-se. É um caminho.

Cale-se quando não há nada de bom para falar. Só não se cale demais, pois as palavras não gostam de ficar muito tempo guardadas.

Fale quando há coisas construtivas a dizer. Só não fale demais, destrambelhadamente, porque as palavras gostam de ser degustadas, ouvidas, absorvidas.

Aproprie-se das palavras: você é o veículo delas, você é o poder.

E, sobretudo, relaxe. Tire um tempo, use as palavras para falar de nada e coisa nenhuma. Afinal, as palavras também gostam de brincar.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Caminho


Quantos passos eu já dei?

Quantas trilhas caminhei e

quantos caminhos já trilhei?

Faço contas incansavelmente impossíveis e inesgotáveis.

Será que teria dado voltas pela Terra?

Será que já teria ido à Lua, ao Sol, à outra Galáxia?

Faz tempo que meus passos passados passam passivamente pela vitrine.

Eu observo com a mente muito mais rápida que meus passos.

Quando meu corpo não acompanha minha mente

nem minha mente respeita o passo a passo.

Passo e repasso o caminho, a trilha

num compasso lento e rápido...

L e n t o ... Rápido.

O caminho continua.

Eu trilho.

O trilho continua.

Eu passo.


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Amizade virtual? Ou virtuosa?



Você tem amigos? Você é amigo? Quais os requisitos para ser amigo, ou, considerar alguém um amigo? Sobretudo, você acredita em amizade?

Nestes tempos de facebook, orkut, twitter, msn, blog e etc., houve um estreitamento na comunicação a tal ponto que você consegue, em pouquíssimo tempo, ter “amigos” que precisaríamos, creio, de várias vidas para obter. Isto levando-se em conta que não faríamos mais nada a não ser a atividade de fazer amigos. Louvável esta atividade, entretanto, pensando na essência da palavra amigo* e pensando também na facilidade que algumas pessoas hoje em dia chamam outra de amiga (bastam 30 minutos de conversa, salvo aqueles raros momentos em nossas vidas em que há um encontro de almas e não precisamos de muito tempo para que a amizade sincera se instale) eu volto, com você, ao primeiro parágrafo para reler, repensar...

A amizade ficou em pauta no mês de julho, pelo menos pra mim, graças ao dia do amigo: mensagens, textos, presentes, e-mails, telefonemas, abraços com parabéns e tudo! É, o dia do amigo está se popularizando. E eu entrei nessa onda , gostosa diga-se de passagem, quando minha irmã teve a feliz ideia de sair de outra cidade ( Japeri) e vir ao Rio juntamente com uma amiga em comum, de outra cidade também ( Nova Iguaçu), para que nós três passássemos o dia do amigo juntas. Claro que este encontro foi o “bum” para eu estar aqui refletindo com sua luxuosa ajuda.

Foi muito boa a nossa tarde. Me dei conta que eu estava com dois clássicos da amizade, com dois elementos que são usados como tema em muitos textos sobre assunto: a irmã que é amiga e a amiga que é irmã. Elas representaram, muito bem por sinal, todos os meus amigos. Todos. Os próximos, os distantes, os adultos, os jovens, os amigos de infância, os mais novos amigos “de infância”, nem por isso menos importantes. Representaram os que se foram para outro plano e até mesmo aqueles que, por qualquer motivo, deixaram de ser amigo. Esta sim é uma morte difícil de encarar: a morte de uma amizade... quando isso acontece parece que amizade fica por aí vagando feito alma penada... sem jeito... sem rumo ou encolhida num canto qualquer, até que em algum momento de nossa existência a capturamos de volta e ela revive, como se nada tivesse acontecido. A amizade tem o dom de reviver, renascer, curar a si e a tudo. Ela é amor, compaixão, cumplicidade, lealdade, solidariedade, empatia, afinidade, tudo isso e muito mais junto ao melhor mecanismo de subsistência: a simplicidade.

É uma honra atribuir amizade a alguém e ser retribuído. É uma honra ter amigos. É uma honra ser amigo.

Temos que celebrar todos os dias. Mesmo que usemos um dia no ano para lembrar que todo dia é dia do amigo. É pertinente e válido lembrar que a amizade, meus caros, pode durar toda a sua existência. Um patrimônio eterno e sem preço. Uau!

Termino, utilizando este veículo de comunicação que é o blog (sinais dos tempos!), brindando a cada amigo e agradecendo a passagem de cada um em minha existência. Agradeço a Deus, ao Universo e à Física Quântica, agora também à internet, pelo encontro com cada pessoa que passou ou que passa pela minha vida seja por e-mail, msn, facebook, orkut, blog, ou presencial, não importa. Bendito seja todos os veículos de comunicação que possam estreitar qualquer laço ou fazer amigos, conhecidos, seguidores ou seja lá o que for.

Mas a impagável, a inegociável e velha forma de encontrar o(s) amigo(s): a presencial, a do olho no olho, a do toque, não há nada, mas nada que substitua.



*"Amigo" vem do vocábulo latino "amicus". Na raiz de "amicus" está o verbo "amo", que significa "gostar de", "amar".


O que importa é a amizade

(Quino)


-Responda as perguntas iniciais do texto, se puder. Ou deixe a sua opinião sobre o assunto tendo você um amigo ou uma dúzia. Aliás, você tem facilidade ou dificuldade em fazer amizade?

Um abraço,

Andréa

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Aniversário




Em relação à etimologia da palavra aniversário, ela vem do latim anniversarius, [anni = ano; vers = que retorna; arius = data] que significa "o que volta todos os anos ou o que acontece todos os anos."

Quanto ao costume de comemorar o dia do nascimento de alguém, segundo estudiosos, tal prática teve início em Roma: “Esta solenidade, que se renovava todos os anos, era festejada sob os auspícios do Gênio que se invocava como a divindade que presidia ao nascimento das pessoas. Costumavam erguer um altar sobre a relva e o cercavam com ervas e plantas sagradas. Junto desses altares as famílias ricas imolavam um cordeiro”*

O nosso conhecido bolo de aniversário, por sua vez, originou-se na antiga Grécia, quando se homenageavam, no sexto dia de cada mês, à deusa Ártemis. Tal festa era realizada com um bolo cheio de velas que simbolizavam a claridade da Lua que se espalhava à noite sobre a Terra.

Bom, não é preciso dizer que com o passar do tempo um evento se misturou com o outro e aí... Temos o que temos até hoje. Juntando ao “o que volta numa data todos os anos”( que hoje é data do nosso aniversário) e a tradição do bolo com velas, vem a tradição do presente para o nascituro, que foi descrito no nascimento de Jesus, inclusive. Se é para reviver o seu nascimento, natural que você receba presentes. De novo. Melhor do que imolar um cordeiro, você não acha?

Estou falando de aniversário porque faço aniversário dia 14/06. Sim, desde de 1964.

Não. Não fiz bolo. Não fiz ornamentação nenhuma, nem tão pouco com ervas sagradas ou coisa que o valha. Meu aniversário teve um sabor diferente dos últimos dois anos: em 2008, na véspera (13/06), recebi a notícia oficial que eu estava com linfoma. Em 2009, passei com amigos. Porém, na onda da quimioterapia ( eram mais ciclos para fazer além do que eu tinha feito) e depois rádio... Eu não estava muito EU. A quimio faz isto: rouba um pouco de você de você mesmo.

Chegado 14/06/2010. Seria justo, justíssimo, uma comemoração de arromba, no entanto escolhi ficar em casa com meus filhos. Um almoço simples ( macarrão com três queijos, rs). Um lanche gostosinho com direito a queijadinha e uma ervilha bem quentinha à noite.

Nossa! Eu estou aqui! Foi o que eu pensei. E não “é o que volta todos os anos ou o que acontece todos os anos”desde da data do meu nascimento. É meu nascimento neste exato momento em que escrevo. É meu nascimento no exato momento que recebi o resultado da minha remissão. É meu nascimento a cada nascimento de um filho. É meu nascimento quando sou chamada de amiga, irmã, filha, mãe, quando respiro profundamente e penso: estou viva! Tive e tenho tantos (re)nascimentos diários que estou instituindo o “dieversário”: o dia que volta para o próprio dia. Comemorar, experenciar, viver o dia.

Viver o dia. O a g o r a . É possível viver o agora? Quantos de nós conseguem liberar o passado? Quantos de nós estão deixando tudo para o futuro, neste exato momento? Neste agora!

Pois este foi meu grande presente de aniversário: um grande e lindo agora. Olhar para tudo como se tudo fosse inédito. E é!

Ah, quanto ao bolo... hoje, depois do jogo do Brasil com direito a velhinhas... quinta no curso de informática… final de semana, talvez... Mas dia 27/06 é certo: meu aniversário e de meu pai, sempre a família comemora. É. Parece que eu gostei mesmo dessa história. E está tudo bem gostar, curtir, aproveitar, sentir, viver. Agora é hora e a hora é agora.

Um abraço. Felicidades a todos os aniversariantes de todos os dias. E voltaremos a falar sobre esse tal de “agora” em outro momento, com certeza.


Rio, 15/06/2010


*Dicionário da Mitologia Latina. Spalding, Tassilo Orpheu. Editora Cultrix. São Paulo, 1972 – p. 159).


quarta-feira, 26 de maio de 2010

Sobre borboletas




Em minha casa havia um canteiro de uma flor chamada moças-e-velhas. Eu acordava cedo, quase sempre, mesmo nos finais de semana, e, era nos finais de semana que eu podia ir ao canteiro e ficar observando o movimento das borboletas. Eram várias, hoje não mais.
Elas pousavam pacientemente nas flores, desenrolavam um tipo de "canudinho", observem que não vou dar nomes científicos para anatomia das borboletas, apenas quero lembrar da sensação, do encantamento que elas me proporcionavam: voar e pousar, desenrolar o "canudinho", sorver o néctar. Parecia tão bom! Que gosto teria?
Achar casulos (era tão mais fácil naquele tempo...) vigiá-los como uma preciosidade, observar a grande transformação, a grande metamorfose.
Metamorfose. Eis o grande mistério, a mágica. Viver tantas vidas numa só, eu não pensara ser isto possível, entretanto... fui vivenciando muitas metamorfoses em minha vida. Parafraseando Raul (não poderia deixar de ser) :" prefiro ser essa metamorfose ambulante", como boa geminia que sou.
E este Blog é para quem não tem medo de mudança, ou para perder o medo de... Este Blog é em comeração a um grande casulo, talvez o maior desta existência (porque tive várias assim como você): um câncer. E, foi este casulo, que resultou numa grande metamorfose em minha vida.
Eu não sou este corpo. Meu corpo ficou doente , minha Alma não. Minha Alma agradece esta morada valente, que superou dificuldades e está me trazendo até aqui, com vocês, partilhando e dizendo sim , é possível. Tenho a oportunidade de ser instrumento de Boas novas: não é preciso mais aprender pela dor. Não! Não Precisa Mais! Permitam-se serem metamorfoseados. Aproveitem e mudem junto com Planeta. Ele está ansioso por mudanças. Vocês também estão, mesmo que seja inconsciente.
Sem vitimizações, sem dramas, assumindo responsabilidades. Vamos partir nesta jonada de coscientização. Podemos mudar nossa realidade. Liberem os casulos e se permitam voar. Sem culpas ou medos.
Aceitem a energia transformadora do Amor em suas vidas. O resto? Não Importa.